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domingo, 28 de novembro de 2010

Minhas Mulheres? (Vitor L. Côrtes)

Minhas Mulheres podem oferecer o doce do céu com sua pureza e santidade,
mas também despejam o amargo do inferno com sua loucura e devassidão.
Minhas Mulheres se entregam de corpo e alma sem medo de se machucar,
contudo  lutam e se vingam até a morte de quem feriu seu corpo ou sua alma.
Minhas Mulheres podem oferecer companhia aconchegante e atraente para os amigos
e também podem impor desconforto e frieza para os assim chamados "inimigos".
Minhas Mulheres se expõem com leveza e sensualidade causando devoção e admiração,
por vezes usam isso com teor maquiavélico atraindo desprezo,asco e surpresa.
Minhas Mulheres ora tem capacidade pra persuadir o nosso querido e bom Deus,
ora são capazes de ludibriar o decaído Lúcifer, inclusive as sem buço.
Minhas Mulheres acariciam e fazem a mão suar, a perna tremer e o prazer fluir,
mas sabem como magoar até a mente ensandecer, o coração arder e a lágrima rolar.
Minhas Mulheres falam de amor com imensa suavidade e alegria
e falam de ódio com extremo vigor e certeza matemática.
Minhas Mulheres sabem exatamente onde querem chegar executando seus planos
e disfarçam esses mesmos interesses para fundamentalmente manter o charme e elegância.
Minhas Mulheres poderiam representar-se como grandes e frondosas árvores,
com a sensibilidade de folhas secas soltas ao vento, a força das raízes e caule e a dádiva dos frutos.
Minhas Mulheres usam cautela, paciência, tranqüilidade, organização e controle
para inteligentemente conter nervosismo, insatisfação, tédio, tristeza e ansiedade.    

Só não entendo o porquê da pretensão de chamar essas mulheres de "Minhas".
Um dia serão de alguém? E se forem não deixarão de ser mulher, mas perderão a essência,
o instinto e a beleza da fera selvagem que não precisa ser temida ou domada,
apenas deseja e precisa ser admirada, amada e sentida a qualquer custo.

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