Pesquisar este blog

sábado, 20 de novembro de 2010

Tudo Era Real, Mas Nada Era Exato (Vitor L. Côrtes)

De uma maneira minha eu te via, mas você destruiu o retrato.
Quebrando a barreira que não me deixava enxergar os fatos.
Arrombei a porta, virei a mesa e quebrei os pratos.
E de um jeito estranho transformei meus sonhos em desejos baratos.
Te persegui, aprisionei e joguei aos ratos.
Nesse meu pesadelo onde tudo era real, mas nada era exato.
Acordei exausto e quando abri os olhos fiquei estupefato.
Era a realidade sem maquiagem e o que segue é o extrato:

Paixões de aço, amores de vidro, coração de elástico.
Ideias de papel, pensamentos de cera, convicções de plástico.
Olhares rápidos, sorrisos lentos, ato estático.
Disfaçatez surpreendente, atuações convincentes, egoísmo fantástico.





Nenhum comentário:

Postar um comentário